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Os efeitos causados pelo modelo da ligação são importantes para a conceção da ligação,
estes estão ilustrados na figura 1.11.
(a) Aplicação de cargas no nó teórico. (b) Aplicação de cargas no extremo das barras.
Figura 1.11. Efeitos do modelo da ligação na transmissão de cargas aos extremos das barras.
Ao calcular a ligação, deve-se considerar que os momentos e os esforços transversos que
atuam no nó teórico devem ser transferidos para os extremos das barras para que no nó
teórico se obtenham as cargas desejadas. No exemplo mostrado na Figura 1.11, esta
transformação de cargas será:
V V M M V L (1.11)
L
L
Para modelar a aplicação de cargas nos extremos das barras, segue-se o procedimento
descrito na secção 10.4.1[4]. Incluem-se nós fictícios localizados nos eixos principais das
barras e estes nós são ligados aos nós extremos da secção por meio de elementos rígidos
fictícios. Um exemplo desta modelação de cargas pode ser visto na figura 1.12.
(a) Vista geral. (b) Vista lateral.
Figura 1.12. Modelação de elementos rígidos fictícios.
Esta forma de modelar cargas tem a vantagem de reduzir a concentração de tensão locais,
ao contrário dos modelos em que as cargas são aplicadas diretamente nos nós, e a
vantagem de aplicar facilmente as cargas e condições de fronteira sobre os diferentes
elementos. De certa maneira, esta forma de modelação tem em conta a hipótese de Navier
ou de Secções Planas, na qual se afirma que as secções planas e perpendiculares ao eixo
de uma viga antes da deformação, permanecem planas e perpendiculares ao eixo da viga
após a deformação.
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